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Chupeta sim ou não? Guia para pais sobre o uso de chupetas em lactentes.

  • Foto do escritor: Heitor Oliveira
    Heitor Oliveira
  • 16 de fev.
  • 4 min de leitura



Criança chupando chupeta

Chupeta sim ou não? Guia para pais sobre o uso de chupetas em lactentes.


A decisão de oferecer ou não uma chupeta para o seu bebê é uma daquelas questões que frequentemente surge no universo da parentalidade. É um tema que gera opiniões diversas e muitas vezes deixa os pais indecisos sobre o melhor caminho a seguir. Se você está debatendo sobre este assunto, este guia foi criado para você. Vamos explorar juntos os argumentos a favor e contra o uso da chupeta, para que você possa tomar uma decisão informada e consciente para o seu bebê.


O que é exatamente uma chupeta?

De forma simples, uma chupeta é um bico artificial concebido para satisfazer a necessidade natural de sucção do bebê. Geralmente feita de silicone ou látex, a chupeta oferece conforto e acalma o bebê, simulando a sensação de estar mamando sem, contudo, fornecer alimento.


Argumentos a favor do uso da chupeta:

  • Acalma e conforta o bebê: A sucção é um reflexo inato nos bebês, proporcionando a eles segurança e bem-estar. A chupeta pode ser uma ferramenta eficaz para acalmar um bebê agitado, especialmente entre as mamadas ou quando não está com fome.

  • Reduz o choro: Para muitos pais, a chupeta é uma aliada valiosa para diminuir o choro do bebê, facilitando momentos mais tranquilos em casa ou em passeios.

  • Auxilia no sono: A chupeta pode ajudar o bebê a adormecer mais facilmente e a manter um sono mais tranquilo, funcionando como parte da rotina de sono.

  • Alívio da dor: Em situações desconfortáveis para o bebê, como durante a vacinação ou outros procedimentos médicos menores, a chupeta pode oferecer conforto e distrair a criança da dor.

  • Diminuição do risco de Síndrome de Morte Súbita Infantil (SMSI): Estudos têm demonstrado uma associação entre o uso de chupeta e a redução do risco de SMSI. Embora o mecanismo exato não seja totalmente compreendido, acredita-se que a chupeta pode ajudar a manter as vias aéreas do bebê abertas ou alterar os padrões de sono de forma protetora.

  • Distração temporária: Em momentos em que você precisa acalmar o bebê rapidamente, como durante uma viagem de carro ou uma consulta médica, a chupeta pode ser uma solução prática e eficaz.


Argumentos contra o uso da chupeta:

  • Confusão de bicos: Existe a preocupação de que a introdução precoce da chupeta possa levar à "confusão de bicos", dificultando a pega correta do bebê ao seio materno e comprometendo o aleitamento materno, especialmente nas primeiras semanas de vida.

  • Desmame precoce do aleitamento materno: O uso da chupeta pode diminuir a frequência das mamadas e, consequentemente, a produção de leite materno, potencialmente levando a um desmame precoce.

  • Aumento do risco de otites médias: Alguns estudos sugerem uma ligação entre o uso prolongado da chupeta e um maior risco de infecções de ouvido (otites médias), especialmente em crianças mais velhas.

  • Problemas dentários: O uso prolongado da chupeta, principalmente após os 2-3 anos de idade, pode causar problemas de alinhamento dentário, como mordida aberta.

  • Dependência e hábito: O bebê pode se tornar excessivamente dependente da chupeta para se acalmar, dificultando o desenvolvimento de outras estratégias de autorregulação.

  • Pode mascarar sinais de fome: A chupeta pode acalmar o bebê temporariamente, mas também pode mascarar os sinais reais de fome, levando a horários de alimentação irregulares e potencialmente afetando o ganho de peso adequado.


Recomendações e Orientações para Pais:

  • Priorize o aleitamento materno: Estabeleça bem o aleitamento materno antes de oferecer a chupeta. Geralmente, recomenda-se esperar cerca de 3-4 semanas após o nascimento, quando a amamentação já estiver bem estabelecida.

  • Use a chupeta para acalmar, não rotineiramente: Ofereça a chupeta quando o bebê estiver agitado, precisando de consolo ou para ajudar a adormecer, e não de forma automática ou sistemática.

  • Não force a chupeta: Se o bebê rejeitar a chupeta, não insista. Cada bebê é único e nem todos gostam de chupeta.

  • Mantenha a higiene: Lave e esterilize as chupetas regularmente para evitar a proliferação de bactérias e fungos. Substitua as chupetas danificadas ou desgastadas.

  • Escolha o tamanho e tipo adequado: Utilize chupetas adequadas à idade e fase de desenvolvimento do bebê.

  • Limite o uso ao longo do tempo: Gradualmente, comece a reduzir o uso da chupeta após os 6 meses de idade. O ideal é retirar completamente a chupeta até os 2-3 anos.

  • Procure orientação profissional: Se você tiver dúvidas ou preocupações sobre o uso da chupeta, converse com o pediatra do seu bebê ou com um consultor de amamentação. Eles poderão oferecer aconselhamento personalizado e adequado às necessidades específicas do seu filho.


Conclusão:

A decisão de usar ou não chupeta é, em última análise, uma escolha pessoal de cada família. Não existe uma resposta certa ou errada universal. Pondere os benefícios e os riscos, observe as reações do seu bebê e, acima de tudo, confie no seu instinto parental. Lembre-se que o mais importante é o bem-estar do seu bebê e que existem diversas formas de acalmá-lo e confortá-lo.

Esperamos que este guia tenha sido útil para você. Se tiver mais dúvidas ou quiser partilhar a sua experiência, deixe um comentário abaixo!


Dr Heitor Oliveira

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Dr Heitor Pereira de Oliveira

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