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É proibido alternar antitérmico?

Não existe uma proibição formal sobre a prática de intercalar antitérmicos em guias de sociedades médicas, mas as principais organizações pediátricas não recomendam essa prática de forma rotineira. A falta de orientação específica para alternar antitérmicos está mais ligada às preocupações com a segurança, a eficácia e os riscos de erros de administração do que uma proibição explícita.


Algumas fontes relevantes:


1. Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP):

Em suas orientações sobre manejo de febre em crianças, a SBP alerta que a febre em si não é prejudicial na maioria dos casos e que o foco deve ser o alívio do desconforto. Não há uma recomendação formal para alternar medicamentos. A entidade ressalta que é fundamental respeitar as doses e os intervalos, para evitar intoxicações, especialmente quando mais de um medicamento é usado.

2. Academia Americana de Pediatria (AAP):

A AAP também não recomenda intercalar antitérmicos de maneira rotineira, enfatizando que o principal risco está em confusões que podem levar à administração incorreta das doses. A organização sugere o uso de um único medicamento, com base no conforto da criança, e que os pais/cuidadores devem estar bem instruídos sobre como administrar corretamente.

3. Estudos sobre a prática:

Pesquisas revisadas sobre o assunto mostram que, embora alternar antitérmicos possa resultar em uma redução mais rápida da febre em algumas situações, o ganho não justifica os riscos aumentados de erro de dosagem e potencial toxicidade. Um exemplo é o risco de insuficiência hepática ao usar paracetamol em excesso ou de complicações gastrointestinais com o uso prolongado de ibuprofeno.


Por que não há uma proibição formal?


• As organizações não colocam uma proibição estrita porque, em certas circunstâncias, o médico pode julgar necessário ou apropriado intercalar antitérmicos, especialmente em casos de febre muito alta ou desconforto extremo.

• O foco é evitar o uso indevido, por exemplo, quando pais intercalam os medicamentos sem entender claramente as dosagens adequadas, o que pode levar a intoxicações ou efeitos colaterais graves.


Conclusão:


Embora não haja uma proibição formal em literaturas importantes, a prática de intercalar antitérmicos é desencorajada e só deve ser feita sob rigorosa orientação médica. A atenção a intervalos corretos e dosagens é crucial, e em geral, o uso de um único antitérmico de forma correta é suficiente para a maioria dos casos de febre em crianças.

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